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Bebê de 8 meses morre engasgado, filho do querido Art… Ver mais


Um caso comovente e perturbador abalou a cidade de Viamão, na Região Metropolitana de Porto Alegre. A morte repentina de um bebê de apenas oito meses dentro de uma creche privada trouxe à tona questionamentos urgentes sobre a segurança, a qualificação dos profissionais e os protocolos de atendimento em instituições de educação infantil.

O menino, identificado apenas pelas iniciais divulgadas pela família, teria se engasgado enquanto dormia, segundo a versão apresentada inicialmente pela direção da creche. Apesar dos esforços da equipe para prestar os primeiros socorros e da rápida condução a uma unidade de saúde, a criança não resistiu. O caso, que poderia ser apenas mais uma tragédia isolada, agora está sob análise rigorosa da Polícia Civil, que apura se houve negligência no atendimento ou falha nos procedimentos internos.

O telefonema que mudou tudo

A mãe do bebê, Rúbia, viveu o pior pesadelo de qualquer mãe ao receber uma ligação da diretora da creche. Do outro lado da linha, foi informada de que o filho estava “quieto demais” durante o sono, e algo parecia errado. Ao chegar à creche, encontrou uma cena desesperadora: educadoras em pânico tentando reanimar seu bebê, enquanto o ambiente era tomado por gritos, lágrimas e o som distante das sirenes de ambulância.

“O que eu senti naquele momento não tem explicação. É uma dor que começa na garganta, aperta o peito e paralisa tudo. Meu filho estava bem pela manhã, ele era saudável, risonho. Eu confiava naquela escola”, relatou Rúbia, visivelmente abalada em entrevista concedida à imprensa local.

A família agora enfrenta um luto profundo e busca respostas que tragam algum consolo ou, no mínimo, justiça para a perda prematura.

Laudo confirma engasgo com leite

O laudo da necropsia, divulgado dias após o ocorrido, confirmou a presença de leite nos pulmões do bebê, o que atesta que a causa da morte foi, de fato, asfixia por engasgo. A informação é crucial para direcionar a investigação, mas não encerra o debate: por que a criança foi colocada para dormir após a alimentação? Havia monitores suficientes acompanhando os bebês naquele momento? As educadoras sabiam como agir diante de uma emergência dessa natureza?

Essas são algumas das perguntas que agora orientam o trabalho da Delegacia de Polícia de Viamão, que ouviu familiares, funcionários da creche e outros responsáveis técnicos. A hipótese de negligência ainda não foi descartada, e a condução do caso ganhou prioridade diante da repercussão social.

Creche afirma estar regularizada e colabora com investigação

Em nota oficial divulgada após o ocorrido, a direção da creche afirmou que a instituição está em dia com todas as licenças e alvarás exigidos pelos órgãos reguladores. Com 12 anos de atuação no setor de educação infantil, a escola afirmou estar colaborando integralmente com as autoridades, além de manifestar “solidariedade profunda à família” da criança.

A instituição declarou ainda que todos os funcionários passaram por treinamentos de primeiros socorros e que protocolos de emergência estavam em vigor no momento do incidente. No entanto, para a família enlutada, isso não é suficiente.

“Se os protocolos existiam, eles falharam. E essa falha custou a vida do meu filho”, desabafou Rúbia, que agora se mobiliza para que o caso não seja esquecido e sirva como alerta para outras famílias e instituições.

Uma tragédia que levanta um debate nacional

O caso reacendeu discussões sobre a fiscalização em creches privadas, a capacitação dos profissionais da educação infantil e os protocolos de segurança obrigatórios após a alimentação dos bebês. Especialistas em desenvolvimento infantil alertam que o período pós-mamada é delicado e exige atenção redobrada, especialmente em crianças menores de um ano.

“É fundamental que os bebês permaneçam em posição ereta por algum tempo após se alimentarem. Colocá-los para dormir imediatamente pode aumentar o risco de refluxo e aspiração de líquidos, o que pode levar a um quadro grave de asfixia”, explicou a pediatra e neonatologista Ana Lúcia Freitas.

Enquanto a investigação avança, cresce o apelo da sociedade por mais rigor na fiscalização de creches e por políticas públicas que garantam ambientes realmente seguros para crianças em fase tão vulnerável da vida.

O que era para ser apenas mais um dia de aprendizado e cuidado terminou em luto — e deixou uma família destruída, uma comunidade em choque e um país inteiro em alerta.



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