Identificada grávida que foi morta pelo marido em BH, caso gerou uma enorme comoção

A violência doméstica, uma triste realidade que persiste em muitas partes do Brasil, ganhou mais um capítulo doloroso no Aglomerado da Serra, a maior comunidade da cidade Belo Horizonte, capital do estado de Minas Gerais.
A morte de Bruna Cristina Ferreira Crivelari, de 36 anos e grávida de três meses, comoveu profundamente a comunidade local, que tenta encontrar explicações para tamanha brutalidade.
De acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, casos de feminicídio ainda representam uma grave ameaça à vida das mulheres no país, revelando a urgência de medidas mais eficazes de proteção e conscientização.
Bruna foi encontrada morta na casa onde morava com o marido, Maicon Douglas Lopes de Souza, de 29 anos, na Vila Marçola. Segundo a Polícia Militar de Minas Gerais, familiares começaram a suspeitar que algo estava errado quando ela não respondeu a mensagens e ligações.
O proprietário do imóvel foi acionado para forçar a entrada na residência, e encontrou a jovem caída no chão. Ao chegar no local, por volta das 10h da manhã de quarta-feira, 16 de abril, a polícia encontrou Maicon ainda na casa, segurando a faca que teria sido usada no crime.
Maicon foi preso em flagrante e sua prisão foi confirmada pela Polícia Civil, que encaminhou o suspeito ao sistema prisional após os procedimentos de praxe.
O corpo de Bruna foi levado para o Instituto Médico Legal Dr. André Roquette, liberado em seguida para os familiares. A motivação do crime ainda é desconhecida, e as investigações continuam.
Bruna trabalhava em uma ótica localizada no shopping Pátio Savassi e tinha forte presença nas redes sociais, onde compartilhava sua vida pessoal e profissional com milhares de seguidores.
A jovem havia se casado com Maicon em janeiro deste ano e parecia viver um momento de felicidade recém-construída. O velório e o sepultamento aconteceram nesta quinta-feira no Cemitério da Saudade, com forte comoção de familiares e amigos.
Casos como o de Bruna reforçam a importância de fortalecer políticas públicas voltadas à proteção de mulheres em situação de vulnerabilidade, além de campanhas de conscientização que possam evitar tragédias anunciadas.
A comunidade do Aglomerado da Serra, unida em luto e indignação, clama agora por justiça para manter viva a memória de Bruna e de tantas outras vítimas do feminicídio.